Alterações Plaquetárias
As plaquetas ou trombócitos são pequenos fragmentos citoplasmáticos derivados de megacariócitos. Possuem cinco dias de vida-média no cão e 30 horas no gato. São produzidas na medula óssea e outros sítios de hematopoise; são liberadas na circulação pelo estímulo da trombopoietina e a concentração é regulada pela massa plaquetária circulante total.
A principal característica é promover a hemostasia aderindo ao colágeno diante de uma lesão vascular. Atuam também, de forma secundária junto com os fatores responsáveis por estabilizar coágulos.
Um sinal clínico de sangramento, significa que houve uma redução do número de plaquetas por ul de sangue; o que denominamos de trombocitopenia. Inúmeros fatores incluem para que ocorra a diminuição plaquetaria, dentre eles:
1. Anemias Ferroprivas intensas; Processos Imuno-mediados; Hemorragia aguda; CID(Coagulação Intravascular Disseminada); Infecções; Alterações congênitas.
2. Por sequestro (Distribuição Anormal): Esplenomegalia; Hipotermia Severa ; Endotoxemia.
3. Causas tóxicas: Fármacos, uremia, bacteremia, micoses; Anemias ferroprivas severas.
4. Causas infecciosas: erlichiose, micotoxinas, toxinas bacterianas, Babesioses, leishmaniose, cinomose, leptospirose, parvovirose, histoplasmose.
5. Neoplasias: linfoma, leucemias, carcinomas.
6. Alguns fármacos como: quimioterápicos, ácido Acetil Salicílico, furosemida, penicilina, Griseofulvina, Sulfonamidas, etc.
Uma intensa trombocitopenia (resultado menor que 20.000 plaquetas/ul), com sinais de melena, hemorragia petequial, esquimose, epistaxe ou hematêmese, pode auxiliar no tratamento e diagnóstico, sendo que, ao mesmo, alguns animais podem não apresentar sinais de sangramento. Existem casos de animais com intensa trombocitopenia, sugestivo de imuno-mediação.